A Super Lua iluminou o céu do Rio de Janeiro na noite de quinta-feira, 3 de agosto, e encantou os cariocas que puderam admirar o fenômeno astronômico. A lua cheia estava mais próxima da Terra do que o normal, o que a fez parecer maior e mais brilhante.
O fenômeno da Super Lua ocorre quando a lua cheia coincide com o perigeu, o ponto mais próximo da órbita lunar em relação à Terra. Mas o que é o perigeu? É a menor distância que a Lua pode chegar da Terra em seu movimento elíptico ao redor do nosso planeta. A distância média entre a Terra e a Lua é de cerca de 384 mil quilômetros, mas no perigeu ela pode chegar a cerca de 356 mil quilômetros.
Segundo o astrônomo Marcelo De Cicco, do Observatório Nacional, a Super Lua pode ser até 14% maior e 30% mais brilhante do que uma lua cheia comum. Ele explica que o fenômeno não tem nenhum efeito significativo sobre a Terra, além de proporcionar um belo espetáculo visual.
"Não há nenhuma influência da Super Lua sobre as marés, os terremotos ou o clima. Isso é mito. A única coisa que muda é a aparência da lua, que fica mais bonita e chama mais a atenção das pessoas", diz De Cicco.
O astrônomo recomenda que as pessoas aproveitem a oportunidade para observar a lua com binóculos ou telescópios, e que procurem um local com pouca poluição luminosa e atmosférica. Ele também lembra que a Super Lua pode ser vista em qualquer lugar do mundo onde o céu esteja limpo.
"A Super Lua é um fenômeno universal, não é exclusivo do Brasil ou do Rio de Janeiro. Mas é claro que cada lugar tem sua beleza e sua paisagem. O Rio de Janeiro tem um cenário privilegiado, com as montanhas, o mar e o Cristo Redentor. É um espetáculo à parte", afirma De Cicco.
Mas quais são os melhores pontos da cidade do Rio de Janeiro para ver a Super Lua? E qual é a melhor hora para ver o fenômeno? Segundo uma reportagem do G1, há pelo menos dez locais que oferecem uma vista privilegiada da lua em meio a montanhas, mares e os prédios do Grande Rio. Entre eles, estão:
- Mirante Dona Marta: com vista para o Cristo Redentor, a Baía de Guanabara e o Pão de Açúcar, é um dos pontos mais altos da cidade e permite ver a lua nascer por trás dos morros.
- Mirante do Leblon ou Parque Dois Irmãos: do término da praia do Leblon, olhando para o Arpoador, a lua pode nascer detrás da pedra ou do mar, iluminando toda a orla. É possível ver esse ângulo tanto do mirante próximo à praia como subindo o Parque Dois Irmãos, para uma vista mais do alto.
- Mirante do Roncador (subida para Prainha): com o olhar para a Praia da Barra, a lua surge enquadrada com toda a orla. Com um bom zoom, é possível deixá-la muito próxima à Pedra da Gávea.
Esses são apenas alguns exemplos de lugares que podem proporcionar uma experiência incrível para quem quer ver a Super Lua no Rio de Janeiro. Mas há muitos outros pontos que também valem a pena, como o Leme, o Arpoador, o Jardim Botânico, o Parque Lage e até mesmo as próprias praias da Zona Sul.
Quanto ao horário ideal para ver a Super Lua no Rio de Janeiro, depende da data em que ela ocorre. Segundo um site especializado em calendário astronômico, no dia 3 de agosto de 2023, quando ocorreu a última Super Lua do ano, ela nasceu às 18:40 e se pôs às 07:17 do dia seguinte. Portanto, qualquer momento entre esses horários seria propício para observar o fenômeno. No entanto, alguns fatores podem influenciar na visibilidade da lua, como a nebulosidade, a poluição e a luminosidade do ambiente. Por isso, é recomendável escolher um local escuro e com poucos obstáculos no horizonte.
Mas o Rio de Janeiro não é a única cidade brasileira que pode apreciar a Super Lua. Segundo uma reportagem da BBC News Brasil, no Brasil, a Super Lua foi vista no Rio Grande do Sul, onde também foi possível observar o início do eclipse lunar total. Em outras localidades é possível observar apenas a fase chamada de “penumbral”, que é quando a lua passa apenas pela parte externa mais fraca da sombra da Terra, a penumbra. Outras cidades que também podem ter uma boa visão da Super Lua são Bauru, em São Paulo, onde há um observatório didático de astronomia da Unesp, e Brasília, onde há um planetário que oferece sessões gratuitas para o público.